Estudo mostra que Santos segue em alerta para Aedes aegypti

Por Santa Portal em 11/06/2025 às 11:00

Francisco Arrais/PMS
Francisco Arrais/PMS

A Secretaria de Saúde de Santos concluiu a segunda rodada do ano da Avalição de Densidade Larvária (ADL), um estudo realizado a cada três meses que mede a quantidade de larvas do Aedes aegypti para orientar ações de combate às doenças transmitidas pelo mosquito.

O resultado é que o município segue em estado alerta para o Aedes aegypti. Por instrução normativa do Ministério da Saúde, a segunda ADL de 2025 foi adiada de abril para maio.

Durante o mês de maio, os agentes de combate a endemias de Santos percorreram 5.388 imóveis, nos quais foram encontrados recipientes com larvas de mosquito. Os focos com larvas foram eliminados e as amostras, levadas para análise no laboratório do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor de Santos.

De todas as amostras em recipientes, 139 foram identificadas como do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. O índice de infestação é calculado a partir de uma fórmula matemática que divide o total de amostras positivas pelo de imóveis percorridos, multiplicado por 100.

Dessa forma, o município registrou índice de 2,6 recipientes positivos de Aedes aegypti a cada 100 imóveis trabalhados, o chamado Índice de Breteau (IB). O Ministério da Saúde considera ideal índice igual ou inferior a 1. Entre 1 e 3,9 indica situação de alerta, e superior a 4, risco de surto. Em janeiro deste ano, Santos havia registrado 3,4 recipientes positivos de Aedes aegypti por cada 100 imóveis trabalhados e em abril de 2024, 3,3.

“Diminuímos a infestação de larvas, mas ainda mantivemos um patamar elevado. Mais uma vez, reforçamos a importância da ajuda da população, pois os recipientes onde foram encontradas a maior parte das amostras são aqueles que nós pedimos cuidado há cerca de 30 anos, ininterruptamente”, destacou o secretário de Saúde, Fábio Lopez.

Em 2025, Santos contabiliza 1.906 casos de dengue e 43 casos de chikungunya. “A importância da prevenção da dengue não pode ser subestimada. Mesmo com as ações de remoção e de controle aliados à orientação da população, não foi suficiente, pois ainda estamos em estado de alerta.  A medição dos índices é importante para avaliar a real situação do Município e atuar com estratégias diferenciadas”, enfatiza Ana Paula Valeiras, diretora de Vigilância em Saúde.

Os ralos (interno e externo) e os vasos de plantas foram os locais onde mais se encontraram larvas durante a realização da ADL.

A próxima ADL está programada para julho, conforme calendário regular da atividade. Até o momento, não houve nova recomendação do Ministério para mudança no cronograma. A quarta (e última) avaliação do ano está prevista para outubro.

As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.

Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.

A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

  • Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas
  • Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado
  • Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana
  • Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
  • Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados
  • Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
  • Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
  • Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

Estratégias de Santos ao enfrentamento ao Aedes aegypti – Ano inteiro

  • Casa a Casa – programa de visitação de rotina aos imóveis
  • Mutirão – varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
  • Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos – locais visitados mensalmente
  • Imóveis especiais: grande circulação de pessoas – escolas, hotéis, shopping centers
  • Pontos estratégicos: mais risco de criadouros – borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
  • Nebulização – aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
  • Armadilhas – Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
  • Acompanhamento epidemiológico – notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
  • Atividades Educativas – atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
  • Monitoramento com drones em locais de difícil o
  • Atendimento a denúncias – feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site  
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